Formado pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, Arthur Palhano examina a intrincada relação entre ação e gesto no âmbito da pintura, desvelando através da raspagem suas múltiplas camadas históricas. Tanto o gesto quanto as ferramentas escolhidas para figurar seu imaginário poético exigem uma disputa entre o que é apresentado como frente e fundo da pintura, de modo que eles sejam negociados à medida em que suas profundezas são escavadas. Sua produção está intimamente relacionada ao desejo de gastura, de revelação e investigação dessas múltiplas camadas – materiais e históricas – implicadas em um processo artístico que enaltece, acima de tudo, uma economia de matéria em que tudo importa. Ao valorizar a escolha desses procedimentos estéticos, a fisicalidade pictórica revela uma estrutura conceitual que obscurece os limites entre o tangível e o intangível. Realizou as exposições individuais “Dogma”, na Portas Vilaseca (2023, Rio de Janeiro); Doce Bálsamo, no espaço Oásis (2022, Rio de Janeiro); e Terraço Coberto, em sua casa antiga (2021, Rio de Janeiro). Participou de exposições coletivas em instituições como o MUPA – Museu Paranaense (Paraná), Projeto Vênus (São Paulo), Galeria Aymoré (Rio de Janeiro) e Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica (Rio de Janeiro).
Graduated from the Escola de Artes Visuais do Parque Lage in Rio de Janeiro, Arthur Palhano examines the intricate relationship between action and gesture within the realm of painting, revealing through scraping its multiple historical layers. Both the gesture and the tools chosen to represent his poetic imagination demand a negotiation between what is presented as the foreground and background of the painting, as they are redefined while their depths are excavated. His work is closely linked to the desire for unveiling, revelation, and investigation of these multiple layers—both material and historical—implicated in an artistic process that emphasizes, above all, an economy of matter where everything matters. By valuing the choice of these aesthetic procedures, the physicality of painting reveals a conceptual structure that obscures the boundaries between the tangible and the intangible. He has held solo exhibitions such as "Dogma" at Portas Vilaseca (2023, Rio de Janeiro); "Doce Bálsamo" at Oásis (2022, Rio de Janeiro); and "Terraço Coberto" in his old house (2021, Rio de Janeiro). He has participated in group exhibitions at institutions such as MUPA – Museu Paranaense (Paraná), Projeto Vênus (São Paulo), Galeria Aymoré (Rio de Janeiro), and Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica (Rio de Janeiro).
- YAGO TOSCANO